timeless
him her find feel
ele matou-me!
domingo, 27 de março de 2011 @ 21:32

o amor anda louco. mata por todo o lado e aparece a quem não merece!
cada vez me sinto mais só e sozinha. queria tanto que ele viesse ter comigo, me levasse e me desse asas. mas é tudo uma inútil espera!
sempre que aparece nunca me bate à porta. apenas me dá sinais e me dá coordenadas que enganam.
afinal que amor é este? que tudo o que dá tira? é este o amor de que todos falam e que todos querem? se for eu aviso já que não o quero. mas queria senti-lo por mais do que um dia.
alguém me está a bater à porta. será que é ele? dois segundos, volto já!

não vais acreditar: era ele, o amor. mas não estava como o estou habituada a ver. tinha tantas máscaras, tantas vozes e tantos estados que eu nem soube o que havia de dizer. roubou-me os laços e tirou-me a alma! puxou de uma flecha e atirou-a na direcção do meu coração. correu para o fim da rua e eu nunca mais o vi.
agora quem fala não sou eu, é ele. ele que mata. ele que mói. ele que me estraga.
ele, o amor que mata!


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gaivota
terça-feira, 15 de março de 2011 @ 22:17

ouço música, grito no quarto vazio a letra do que me move, da aceitação, da culpa, do ser e querer deixar de ter. olho para uma fotografia tua antes de saltar. sinto o vento na cara, a vergonha inotável, os olhos em mim, no meu corpo, nas minhas acções. ninguém quer saber quem fui, ninguém quer saber quem sou. com os olhos procuram para onde vou, o chão, tão macio, tão contrariamente acolhedor. as pombas voam ao longe, rapidamente voltam para a rotina mesmo antes de os poucos segundos da minha queda ter um fim. o corpo cai esmagado pela pressão, já ninguém está a ver, a fotografia que agarrei voou com o vento, a mente libertou-a no suspiro dos olhares para saberem por quem foi. o corpo, sim, porque não me pertence o caído, eu fiquei no meio, na infinita sensação de liberdade, debaixo do sol nublado, entre os prédios dos ignorantes. o vento levou-me o cabelo para as costas, abri os braços e fechei os olhos. eterno, parado, a voar.
ninguém para ver a minha prova de amor, 

aquele amor que mata.

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grito de dor!
sábado, 12 de março de 2011 @ 23:49

desculpa-me esta dor que trago.
desculpa-me a ausência.
desculpa-me a falta de amor.
desculpa-me o vento.
desculpa-me os medos.
desculpa-me o que não dei.
desculpa-me a solidão.
desculpa-me o brilho apagado no olhar.
desculpa-me a falta de jeito.
ando desencontrada.
ando fechada dentro de sete colinas.
ando doente.
ando fria.
ando só.


não sei o que se passa nesta alma; ela grita tanto e pede por socorro.
eu não tenho forças. não sei como a salvar!
mas preciso de ajuda. quero ajuda!
ninguém me ouve, ninguém anda por aí.
desculpa-me, mais uma vez, estou descontrolada.
queria outro rumo, mas só vejo uma saída.
ajuda-me!


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playing through it ~
@ 12:42


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lost

together at least ~